quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Encaminhado

Tudo estava encaminhado (era o que eu achava). Até que, com um piscar de olhos tudo mudou. Ele estava agindo de uma forma estranha. Não era o mesmo. Mal falava comigo. Alguma coisa acontecera para ele estar agindo desse jeito.

Continuávamos com nossas rotinas. Eu ia para o hospital, faculdade, curso. E ele... Bom, acho que atolado de processos no escritório. Ficava tentando imaginar o que acontecera para ele estar assim. Eu o amava independente de qualquer coisa, essa era a minha única certeza. Até o momento, ele também me amava, ao menos era isso que achava.

Passado um mês e essa situação continuava. Ele distante, sem bem dizer uma palavra, e eu continuava a tentar entender o que se passava.

Ao chegar em casa à noite, me deparo com um lindo buquê de rosas vermelhas e um bilhete “Amor, vá para o quarto.” Sem entender nada, fui. E lá encontro outro bilhete sob um lindo vestido estendido na cama “Amor, quero você deslumbrante para hoje. Assim que estiver pronta, vá para o nosso restaurante.” Em pouco instantes estava pronta, e a ansiedade passou a tomar conta de mim.

Chegando ao restaurante, o vejo em pé segurando outro buquê de rosas vermelhas. Não sei como ele conseguiu, mas estava perfeito. A cada passo que dava, meu coração disparava, minhas mãos suavam frio, e claro, com um sorriso estampado no rosto. Mesmo não sabendo o que esperava por mim.
- Meu amor, não sabia como fazer isso. Pensei por muito tempo, até me dar conta que a nossa data de namoro se aproximara. Então preferi ficar distante e frio de você, durante esse tempo. Partia-me o coração ver você triste, sem saber o que se passava comigo... – Meus olhos estavam enchendo de lágrimas – mas você sabe que não consigo guardar segredos de ti. Então, preferi agir desse jeito, mesmo partindo meu coração. E tudo isso para dizer... – ele começou a ajoelhar-se e tirar uma caixa de anel do bolso, ao mesmo tempo em que lágrimas escorriam pelo meu rosto, borrando toda a maquiagem – VOCÊ QUER CASAR COMIGO?

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